terça-feira, fevereiro 03, 2009

Meu lirismo de funcionário

Certa vez, o bonde andando já há muito, disseram que leram essa coisa blog desde o primeiro texto. Outra vez, comentaram que gostavam muito de minhas crônicas. Houve tempos em que machuquei pessoas - minhas palavras infelizes.

Desde então tenho uma fantasia ideológica, daquelas que nos moldam e nos constitui, de que haverá sempre quem me leia. E talvez por isso tenho sido tão verborrágico. Mas se isso não for verdade, também não é providencial que me desenganem, pelo menos para que algo exista.

Sei da enorme falha que sou como gente - eu que sinto cumplicidade com a covardia de que falei outro dia. Mas também não me desminto nem me desculpo, e já anuncio: haverá um tempo, muito tempo depois de ter desistido dessas coisas, em que eu voltarei para ler todo grande erro aqui escrito (e uns poucos acertos). Nesse tempo, terei ao menos vocês para culpar!

Afinal, isto é um reduto de palavras órfãs que não assumirei.

2 comentários:

Cristiano disse...

Me senti especial agora. Ainda mais pelo dedo da culpa em riste.

Anônimo disse...

Acho que foi o Mario de Andrade que disse que se o sujeito publica, ou se esconde, é tudo por vaidade, rs.

Eu tenho coisas escritas assim, em redutos, desde 2004 e, este ano, resolvi assumir tudo e estou reunindo num site de publicações.

Assim que tiver pronto, eu aviso. E será um prazer eu publicar texto seu lá, ainda que sejam órfãos... rs