terça-feira, agosto 28, 2007

Hoje eu limpo minha sala,
Ansiando algo melhor em ser.

Com a sala limpa imagino-me comendo todas as páginas de todos os livros de todos os saberes.

Amanhã eu só domino a modorra,

Que minhas muletas não sabem evitar.

domingo, agosto 12, 2007

Embalasse-me a gota rubra
Que de rubro brilho enche minha face
Rumo a cantilenas fervorosas a
Extirpar deste corpo as exatas cadeias
Do contumaz palavrear que a razão
Domina,
Ergueriam as uvas um antes embaraçado
Agora intrépido sei-la-o-quê que motoriza
As paixões - quiçá coração mesmo –
Entoando melopéias de destilado júbilo
Para me alçar à grandeza de suas íris
Sobranceiras.

Mas é patético e inútil o escrever.

Desencantado e desvendado o amor,
Vulgarizado e medíocre.
Matematizado; psicoanalisado, geneticamente localizado:
Nem o vinho é capaz de fazer-me cantá-lo.