domingo, agosto 12, 2007

Embalasse-me a gota rubra
Que de rubro brilho enche minha face
Rumo a cantilenas fervorosas a
Extirpar deste corpo as exatas cadeias
Do contumaz palavrear que a razão
Domina,
Ergueriam as uvas um antes embaraçado
Agora intrépido sei-la-o-quê que motoriza
As paixões - quiçá coração mesmo –
Entoando melopéias de destilado júbilo
Para me alçar à grandeza de suas íris
Sobranceiras.

Mas é patético e inútil o escrever.

Desencantado e desvendado o amor,
Vulgarizado e medíocre.
Matematizado; psicoanalisado, geneticamente localizado:
Nem o vinho é capaz de fazer-me cantá-lo.

Nenhum comentário: