segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Rei primevo

Plebeus, que vos envergonhais do nome,
Porque sem honrarias o carregais;
Plebeus, por quem morro quando carcome
A praga a lavoura que cultivais;

Plebeus, os primeiros que mata a fome
Se nos faltam chuvas torrenciais;
Se da planta não tirais o que se come,
Se morrem nos campos os animais.

Plebeus, não invejais minha distinção!
Sou rei, súditos sois: qual privilégio
Tenho, se todo mal é crime régio?

Sois isentos de toda imputação!
A desdita fortuita é falta minha.
Devo morrer, pois culpa, só eu a tinha!

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