Verteram sangue do homem infiel,
E acumulam na morta viril pilha
A mácula da máscula alma ao céu.
Ao futuro da ilha, por ciúmes,
Assim lhe compromete o hediondo ato;
Cairão as folhas d’árvores dos cumes
E nova geração não terá o mato.
Hipsípila obrigada a Jasão pede
O arrego e lho convida ao próprio leito;
Assim o resto também delas cede
E tem aos nautas outros em seu peito.
Ilha de Lemnos, salva pela alcova,
O leite estranho salva a vida interna;
Que filhos este encontro então promova
É certo, que Euneu após Lemnos governa.
Fosse hoje o arrego outro seria:
O homem morto, largado ou castrado,
O mal que fosse, qualquer, tanto faria;
Que vale o homem tanto quanto o gado.
Seja traída ou traia essa mulher,
Também importa pouco hoje em dia;
Mulher de tudo faz e tudo quer,
De Lemnos tem a força, a ousadia.
E mais ainda tem sob o seu pano,
A tez macia, o lábio mel... a bronca!
Traída? Decidida na Trajano
Outra mulher se a vê beijar no Wonka.
Ao futuro do mundo, por ciúmes,
Assim lhe compromete o divo ato?
Nunca, pois a ciência, novos lumes,
A nós homens prescreve um novo fato:
Essa inútil, vã raça: somos nada!
Elas a tudo tem, como a proveta;
E os filhos vêm a rodo da parada,
Sem precisar de nautas a...
Um comentário:
Hahaha.
Ótima!
Gosto assim: homens cantando a sua ruína.
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