Tudo em ti traz o traço humano e vivo:
Teu rosto chora, ri teu rosto e grita,
O cabelo ondula, toca o ombro e salta
E cai na boca, e a boca morde e vibra;
Até mesmo o inorgânico olho azul
De água e pedra dura, atroz safira,
Azul de infinito céu, de céu já morto
De morte absoluta, azul e linda.
Nestes olhos se vê morte, a loucura
De Ismália amanhecida entre suas luas
No vôo azul do mar, profundo mito.
Ironia serena do tom vivo!
Azul é a cor da morte, coisa humana,
Que teu olho de minfeliz reclama.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
Mas teu cabelo não ondula.
Esses olhos azuis são do tipo dos que quando nos miram parecem miragem? Ao menos não são de ressaca, obliquos e dissimulados, como os meus. hahaha
E sim, as vezes custamos a acreditar na vida real. Geralmente isso acontece quando as coisas são demasiadas boas, tão boas que se tornam surreais, frágeis, de uma fragilidade que escorrega pelas mãos e puff, viram pequenos pedaços de nada, como a morte depois que nos beija.
Enfim aos fins,lindo poema.
Minha cor da morte é verde.
Postar um comentário