sexta-feira, agosto 08, 2008

Duas laranjas

Uma no galho alto duma
(no céu das línguas) eterna
laranjeira vige a pender.

Outra é a laranja ao chão
a descansar na agonia
duma natureza entrópica.

O homem é o terceiro, vendo
ambas: acima e abaixo,
qual fotografia imóvel.

O último é o pensamento,
de mil ardis e mil línguas,
que ao homem inventa a queda.

Nenhum comentário: