Sonhei que me convidavas para tua festa de aniversário. Fui, mas fui meio assim, como apenas um dos vários convidados. Longe, muito longe de ser o que receberia a primeira fatia do bolo. Mas no sonho, eu à festa chegava, e tu me esperavas simpática, largo sorriso nos lábios, olhos moldados por uma peculiar sensação agradável de existir. Sentavas sozinha numa íntima mesa de apenas duas cadeiras: bolos, presentes e gentes não havia. Eu era teu único convidado, o feliz escolhido. Dizias-me que te bastavas comigo, que nós dois ali éramos uma festa inteira. Recebias de minha mão um tímido regalo que comprara, logo deixado pra lá pois preferias dar atenção aos meus dedos sempre inquietos. Eu sentia completo torpor a anestesiar todos meus sentidos, eu já voava. Estava pleno de um amor que irradiava em cada palavra, em todos os teus exibidos dentes das nuvens nascidos, teus angelicais olhos que encerravam mares inteiros e escondiam meu naufragado coração.
Ah, que coisa inútil é acordar.
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