terça-feira, julho 08, 2008

Contemplando

Porque todo homem precisa ter algum lugar para onde ir!
Dostoiévski

uma folha d’outono
nas veredas do Passeio Público
fustigada pelas vassouras:

some como eu morro
presumindo ser algo único
entre mil outras folhas

***

um barco na baía
a velejar até não mais ver-se;
nada há mais que m’angustia

se foge muito, se perde
e como voltar na tirania
de grandeza do mar verde?

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