segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Soneto

Ao gosto dos modernos alguém brada,
em garboso louvor à pasmaceira.
Aos gritos de vã excluída sem eira,
condena-se à morte a métrica amada.

Que sim morram os detratores! Queira
a Morte – ou a altiva e bela fada
Tortura – saquear-lhes d’alma cada
estro dessa poesia rameira.

Sim, pois é moda desses modernosos
democratizar o verso aos incultos
com os poemas papalvos e estultos.

Liberdade não! Vivam os pomposos
versos da mais pomposa Poesia,
ao jugo da Forma e da Tirania!

3 comentários:

G. Ulisse disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
G. Ulisse disse...

talvez isto lembre
um sapo parnasiano

hehehe.
=P

obs. a postagem excluída era quase esta mesma.

Beatrix Miranda disse...

são os mesmos modernosos que dizem andar a poesia melhor sem rimas. se é tão batido e desprezível, quero vê-los escrever sessenta sonetos, cada um com uma musicalidade própria.